Uma equipa da Universidade de Coimbra desenvolveu uma tecnologia, baseada no processamento de imagens oftalmológicas, que permite identificar, de forma automática, lesões na retina em pacientes diabéticos.

Uma equipa da Universidade de Coimbra desenvolveu uma tecnologia, baseada no processamento de imagens oftalmológicas, que permite identificar, de forma automática, lesões na retina em pacientes diabéticos.
Este é o resultado de quatro anos de parceria com a empresa Retmarker, spin-off do Grupo Critical, que, em 2013, desafiou a Universidade de Coimbra a encontrar uma forma mais eficiente de detecção de lesões na retina. Actualmente, só existem imagens de baixa qualidade obtidas dos Rastreios de Retinopatia Diabética.
Segundo Isabel Narra Figueiredo, a coordenadora da equipa de investigação da Universidade de Coimbra, "este método identifica automaticamente com elevado grau de fiabilidade a existência de micro-aneurismas, hemorragias e lesões brancas, em imagens da retina, que são os primeiros sintomas da Retinopatia Diabética".
A Retinopatia Diabética é uma complicação da diabetes e a principal causa de cegueira evitável no Mundo Ocidental. É uma doença silenciosa (sem manifestações de sinais ou sintomas) e de evolução lenta até atingir uma fase avançada. A grande maioria dos casos de cegueira pode ser evitada com um bom controlo metabólico e um tratamento atempado (que pressupõe a identificação precoce das lesões na retina).
Segundo o responsável da Retmarker, "menos de 10% dos diabéticos necessitam de ser referenciados para consulta de especialidade. Existe por isso um elevado investimento de tempo e recursos na identificação dos casos relevantes e este é um problema onde a tecnologia pode ajudar e que justifica a aposta da Retmarker".
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